Homilia para 11 de setembro de 2011, XXIV domingo de tempo ordinário, ano A


Hoje nos Estados Unidos, observamos o “Patriot Day” no calendário civil. Não sei quantos de vocês estiveram neste pais há dez anos atrás, e é possível que não teve o mesmo impacto para vocês que para nós que somos deste pais. Quando aconteceram os ataques do 11 de setembro em 2001, eu morava em New York, e eu conheci pessoas que perderam familiares e amigos quando caíram as torres gêmeas. Muitos americanos tinham conexões de alguma maneira ou outra com pessoas que morreram, e por isso sentimos esses ataques como uma coisa muito pessoal. Nós o experimentamos como um ataque contra nosso pais, contra o nosso povo, e contra nós mesmos. Por isso, nós reagimos com muita dor, com revulsão contra a malícia dos terroristas, e com raiva.

Eu hoje assisti uma ceremônia de comemoração das pessoas que morreram, alguns como vítimas diretas e outras porque entraram para ajudá-los a sairem das torres e não conseguiram sair. O que foi muito bonito é que várias pessoas que falaram na ceremônia, falaram da necessidade de perdoar, para cortar o círculo da violência e da vingança, para não descer ao nivel dos mesmos terroristas.

Por isso, as leituras de hoje são muito apropriadas para a ocasião. Nos lembram que quem se aferra a ódio e rancor, e cultiva o amor de vingança, só condena a si mesmo. Todos nós somos pecadores, todos nós precisamos do perdão de Deus. Se queremos ser perdoados, Deus exige que também nós saibamos perdoar os que nos ofendem. É uma verdade que afirmamos muitas vezes, cada vez que rezamos o Pai Nosso, e que Deus enfatiza hoje na primeira leitura e no evangelho.

Às vezes é muito difícil perdoar, especialmente quando a pessoa que nos ofendeu não mostra nada de arrependimento. Mas temos que lembrar que Cristo morreu por todos nós, ainda que nós não o merecemos, e sabendo que ainda assim muitas pessoas não iriam arrepender-se.

Também, quando nos custa perdoar, temos que lembrar que nem nós, nem as pessoas que nos magoam, pertencemos a nos mesmos. Como São Paulo nos diz na segunda leitura, pertencemos a Cristo. Deus mesmo vai se encarregar da justiça, pois ele sente as ofensas como feitas contra Ele mesmo. Não é sempre necessário procurar a justiça humana. Ainda quando é preciso fazer algo para evitar danos a pessoas inocentes, não devemos ser animados por ódio ou vingança. Devemos amar os nossos inimigos, e rezar pelas pessoas que nos magoam.

Talvez ainda temos sentimentos negativos, a pesar de perdoar alguma pessoa. Tem feridas que só o tempo pode curar. Mas devemos procurar atuar com amor e perdão, e pedir a Deus a graça de superar os sentimentos.

Peçamos hoje que Deus nos ajude a perdoar a todos, como Deus nos tem perdoado, ainda se precisamos perdoar setenta vezes sete. Que a força do amor de Cristo vença a malícia no coração humano, para que todos vivemos em paz com Deus e com todos os homens neste mundo e na eternidade.

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About Matthew Green

I am a translator, origami artist/teacher, and photographer, a blogger, former philosophy professor, and I love to sing. You can see my photos on Flickr and buy prints of some of them on Fine Art America. You can find me on Instagram, Twitter (@mehjg), and in various and sundry other social media sites on the web.
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